Semana da Cidadania: Mulher em Ação

SEMANA DA CIDADANIA: MULHER EM AÇÃO

Prof. Everaldo Lins de Santana

O evento Semana da Cidadania remonta ao ano de 1995 e está, originalmente, vinculado às Pastorais da Juventude do Brasil; no que diz respeito ao Estado de Rondônia, essa semana foi instituída pela Secretaria Estadual de Educação ( SEDUC ) no ano de 2004 e incorporada à dinâmica das escolas estaduais.
A semana da cidadania, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cândido Portinari localizado em Rolim de Moura, município de Rondônia, transcorreu no período correspondente aos dias 14, 15, 16, 17 e 18 de março de 2011, a temática versou sobre “Mulher em Ação”, esse tema toma como referencial o dia internacional da mulher, 8 de março.
Este 8 de 3 é um momento para se refletir sobre a questão feminina, os preconceitos, estereótipos e discriminações que, há séculos, sofrem as mulheres. A palavra mulher tem origem no termo “mulier”, que vem do latim, e tem o sentido simbólico de fraqueza, timidez e injúria. Era esse termo “mulier”, portanto, naqueles tempos antigos, usado num sentido pejorativo, de desclassificação e desqualificação da mulher.
Entretanto, quando se menciona, hoje, o vocábulo “mulher” quer-se dar relevo ao aspecto de dignidade e respeito próprios e inerentes à mulher enquanto um ser humano. Além disso, dizer “mulher em ação” implica em evocar o termo latino “actio”, origem da palavra portuguesa “ação”, cujo significado relaciona-se com a “maneira de agir”, “atitude”, “atividade”; por essa razão, ser mulher, nos dias de hoje, é ter atitude de coragem e enfrentamento diante das sombras que a vida projeta no mundo feminino.
A título de curiosidade, acompanhemos uma pequena história que circula nos meios de comunicação sobre a criação da mulher.
1) A LENDA DA CRIAÇÃO DA MULHER

Conta-se numa lenda que Deus, decidindo criar a mulher, fez o seguinte: tomou a redondeza da Lua, as curvas suaves das ondas, a terna aderência de uma planta trepadeira, o trêmulo movimento das folhas, a esbeltez da palmeira, a cor delicada das flores, o olhar amoroso da corça, a alegria do raio de sol, as gotas de pranto das nuvens, a inconstância do vento , a fidelidade do cão, a modéstia do lírio, a vaidade do pavão, a suavidade da pluma do cisne , a dureza do diamante, a doçura da pomba , a crueldade do tigre, o ardor do fogo e a frieza da neve. Com essa mistura de ingredientes tão desiguais, criou a mulher e deu-a ao homem.
Depois de uma semana, o homem veio e Lhe disse: - "Senhor, a criatura que me destes me faz infeliz: quer toda a minha atenção, nunca me deixa sozinho, fala sem parar, chora sem motivo, diverte-se, fazendo-me sofrer; estou vindo devolvê-la porque não posso viver com ela!" - "Está bem", respondeu Deus, e tomou a mulher de volta.
Passou outra semana, o homem voltou e Lhe disse: - "Senhor, estou muito solitário desde que devolvi a criatura que fizestes para mim. Ela cantava e brincava ao meu lado, olhava-me com ternura e seu olhar era uma carícia, ria e seu riso era música, era formosa e suave ao tato. Devolvei-a, porque não posso viver sem ela!"
-"Está bem", disse o Criador. E a devolveu.
Mas, três dias depois, o homem voltou e disse: -"Senhor, eu não sei. Eu não consigo explicar, mas depois de toda esta minha experiência com esta criatura, cheguei à conclusão que ela me causa mais problemas do que prazer. Peço-lhe, tomá-la de novo! Não consigo viver com ela!" O Criador respondeu: - "Mas também não pode viver sem ela." Virou as costas para o homem e continuou o seu trabalho.
O homem, desesperado, disse: -"Como é que eu vou fazer?
Não consigo viver com ela e não consigo viver sem ela." - "Achei que, com as tentativas, você já tivesse descoberto, respondeu, então, Deus.

2) REFLEXÕES FEMININAS

“Não se nasce mulher: torna-se. (Simone de Beauvoir, filósofa francesa)
“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores”. (Cora Coralina, escritora)
“ Aprendi com as primaveras a me deixar cortar para poder voltar inteira”. (Cecília Meireles, escritora)
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. (Madre Teresa de Calcutá, religiosa católica)
“Sou talvez a visão que Alguém sonhou /Alguém que veio ao mundo pra me ver / E que nunca na vida me encontrou!” (Florbela Espanca, escritora portuguesa)
“Quem não sabe chorar de todo o coração também não sabe rir”. (Golda Meir, estadista israelense)
“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”. (Clarice Lispector, escritora)
"A idade não protege contra o amor. Mas o amor, em certa medida, protege contra a idade." (Jeanne Moreau, atriz francesa).

FINALIZANDO
A mulher é um ser humano e, como tal, goza de plenos direitos de expressar, na sua mais profunda sensibilidade, a dignidade e de comunicar, perante o mundo, sua liberdade.

Seu símbolo remete à sobrenatural deusa Vênus, a divindade do amor, da sensualidade, da beleza. Ele sugere quatro interpretações: 1) o espelho na mão de Vênus, 2) um círculo com uma cruz, símbolo abstrato de Vênus, 3) representação da feminilidade, 4) o círculo simbolizando o “espírito” e a cruz simbolizando a “matéria”, na visão da alquimia.

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